Sem teto, e sem portas, também: Eu, depois de você.
[Leia ouvindo: Already Gone - Sleeping At Last]
Você faz com que eu me sinta como diversas
coisas e me veja em tantas situações... queria eu agradecer, mas não estou
achando onde deveria estar minha gratidão.
Primeiro, me senti uma como uma
princesa, você apareceu, sem mais nem menos, veio até mim e nos conduziu até o
seu cantinho mais escondido e íntimo, e lá, fez do momento especial, fez com
que eu me sentisse da mesma forma, como se comigo fosse bom.
Depois, experimentei uma
experiência bem diferente, me senti como se eu fosse um livro, reservado em uma
livraria, reserva essa que assim que tivesse tempo cancelaria, pois apenas
pensou que queria.
Também me senti roubada, como
quando vemos alguém de saída, no portão de casa, e o vemos ser surpreendido por
ladrões, e a única escapatória é deixa-los levar tudo o que temos, e foi
exatamente isso que fez com meus sentimentos.
Acontece, né? Mas a questão é que nunca
aprendi a reagir a assaltos, sou fraca pra correr e vulnerável demais pra
gritar. Não havia ninguém para me acudir, porque naquele momento, você
era um dos ladrões. Levastes mais do que apenas meus pertences, você roubou até
a porta da casa, e só deixou o teto pois não sabia como leva-lo.
O pior, é que antes de me roubar, foi você
quem havia me dado tudo que eu tinha, antes que pudesse pegar de volta.
Me senti como uma criança que teve seu doce roubado.
Espero que você possa dar tudo
o que tirou da minha casa para alguém melhor, que você saiba como cuidar, que
lhe faça feliz, e o principal, alguém que você realmente queira. E perdão, mas infelizmente
não posso dizer que apesar de tudo, caso queira voltar, deixarei minhas portas
abertas, porque você as levou embora.
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