Sentir demais é triste, mas imagina não sentir.

   Sinto demais, e sinto muito. Sinto muito não ser tudo que você sempre quis, sinto muito por te lembrar o que prefere esquecer, e sinto ainda mais, por não conseguir sentir menos.
   Sinto muito, muito amor. Sinto o amor incomum, o amor dos filmes, o amor puro que não vêm com segundas intenções, nada além de um amor gostosinho. Sinto muito por não poder te ter em meus braços, do jeito que quero desde que lhe conheci. Talvez eu não sentisse tanto por outro alguém, mas é com voc
ê, e você é assim. Eu por você, e ninguém por mim.
   Eu sinto. Sinto tanto, por tão pouco que tive de você, que me pergunto o que seria de mim se houvesse mais, se houvesse paz, se houvesse nós. Não há nós, não há você, somos eu e meus pensamentos, eu e meus sentimentos.
   E só Deus sabe o que eu sinto por você, partindo de um princípio onde palavras nunca seriam o suficiente para explicar, e nem gestos demais saberiam demonstrar. Às vezes é sufocante, e outras vezes, preenche o vazio da alma. Pergunto-me se o pior é sentir tanta coisa, ou sair a procura de coisas para sentir.
   Na maioria das vezes, só o vento, ou só a chuva, conseguem levar embora tanta angústia. É angustiante transformar amor em ar, e querer senti-lo em todo e qualquer lugar. Vejo-te, e tu roubas minha possibilidade de respirar. Não sei se peço socorro com um sinal no céu, ou se lhe peço perdão, depois de roubar-te um milhão de beijos.
   Vê se te cuidas, já que não posso cuidar. Vê se me dá um alô, chama e diz que tá bem, diz que tá aqui também, e que também sentes. 




      - Porque sentir demais é triste, mas imagina não sentir.









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