Idealize um lugar silencioso, onde o ato de respirar torna-se fortemente audível, e então, idealize um grito.
Era esse o impacto que ele causava nela, ela tão doce e frágil, era tomada consideravelmente por inteira pelo que ele a fazia sentir, e nada no mundo nunca a atingira dessa forma, acredita-se que nem mesmo um tiro a atingiria de tal maneira.
Ele a saciava de um modo quase inacreditável, era como receber um beijo da felicidade. E se for falar de beijo, falemos sobre o quão realizada ela sentia-se quando ele a beijava, era como ser um chocólatra consumindo chocolate depois de dias em abstinência, como estar nas nuvens.
Não que ela fosse religiosa, mas entre suas crenças, ela passou a acreditar que se a passagem para o céu realmente existe, então a sensação de estar lá seria semelhante com a que ela sentia quando ele a guardava em seus braços, livre de qualquer mal.
E de todos os sons, seu favorito era a doce voz daquele menino, nada no mundo era mais confortável que ouvi-lo falar, independente do assunto era importante que ele falasse. Sua voz era o que de certa forma, a carregava, a carregava de esperança, a preenchia de vontade de amar.
O jeito do garoto a mantinha acordada questionando o porquê de alguém tão feérico apaixonar-se por ela, e como uma pessoa podia mudar drasticamente a vida de um ser, apenas sendo ela mesma.
O amor que dentro dela havia era opíparo, abundante, e uma imensa parte desse amor era direcionada a ele. E assim como combustível move carros, esse sentimento a movia, e novamente, assim como gasolina ele era ardente, forte e denso, e o que diferenciava um do outro é que o sentimento dela não necessitava de reabastecimento, na verdade ela mesma por si só, teria a capacidade de encher todos os corações vazios com um bocado de amor, e ainda assim o tal garoto eternamente.
- Sobre o garoto de óculos e franja, que não era nerd.
- Giovanna Piher

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