Cartas de amor aos mortos

Já falei que não é típico eu fazer resenhas no blog, mas pelo sucesso das mesmas, eu andei aumentando os posts. Mesmo se eu não estivesse fazendo muitas resenhas, com certeza eu faria desse livro por motivos de: não gostei :/

O livro conta a história da Laurel, que um dia tem a proposta de um trabalho de inglês onde ela tem que escrever uma carta para alguém que já morreu. Depois da morte da irmã, May, ela se vê em um desafio enorme realizar essa tarefa, até que ela começa a escrever para personalidades famosas que já morreram como forma de desabafar.

Vamos aos pontos positivos primeiro:

*Amei as histórias de vida dos artistas. Mesmo sendo fã da Judy Garland, da Amy Winehouse, e etc, só descobri detalhes da vida deles no livro, o que eu achei sensacional. Uma pessoa que eu amei muito, foi a Elizabeth Bishop, que eu não conhecia. E saber da vida dela e dos poemas, foi muito muito legal. (sem contar que fiquei com várias trilhas sonoras na cabeça né, nostalgia gostosa!)

*Amei a escrita da Ava Dellaira. A ideia do livro é genial, e ela soube escrever e dividir ele muito bem.

*Amei a May <3 Amei a personagem, o jeito dela, o fato que ela era uma fada e espantava as bruxas...Tudo. Queria uma irmã assim.

*AMEI os casais e os personagens. A Kristen e o Tristan, a Natalie e a Hannah (o que falar sobre essas duas <3) Aliás, venho nessa onda de amar mais os personagens secundários do que os principais a muito tempo hahaha. Espero que o filme vá mesmo ao cinema só pra eu ver esse povo maravilhoso <3

*Amei a escrita da Ava de novo. Amei as frases lindas que tem no livro. Mesmo não gostando, acho que foi o livro que mais tem marcações de partes muito muito lindas.

E agora, os pontos negativos:

Foi um livro diferente do que eu estou costumada a ler, e por isso, acho que não peguei o espírito da coisa. A história não me agradou, não me conquistou. Eu ando criando MUITA expectativa com alguns livros e tomo na cara depois.

Não achei o Sky um personagem legal e de muita importância. Pelas circunstâncias do livro, ele deveria ser muito mais presente e muito melhor com a Laurel, então eu infelizmente não shippo.

Não entendi a família da May nisso tudo. Não entendi direito porque a mãe foi embora (coisa que é meio WTF depois de uma filha morrer, a mãe abandonar a outra). E não entendi o que acontece com a família no final. Eles ficam juntos? Eles não ficam juntos? Esse livro com toda certeza merece uma continuação! Ai sim talvez eu mudaria minha opinião, porque achei muita coisa solta.

Fiquei extremamente decepcionada com a revelação da Laurel. A gente fica o livro TODO tentando descobrir o porquê ela se acha tão culpada de matar a irmã. Tipo, o que de tão importante ela disse????? E no final era... aquela história do cinema????????? Claro que é uma coisa horrível, mas pela gravidade que ela falava e passava mal cada vez que lembrava do que falou pra May na ponte, achei que fosse uma coisa MUITO mais grave, muito maior, e que fosse me surpreender e chorar horrores.

Mais é isso, andei lendo muitas críticas também sobre esse livro e muitos comentários positivos. Então acredito que a opinião é de cada um mesmo haha. Mas infelizmente, acho que li mais críticas mesmo do que elogios :/

Pra terminar, coloco a trilha sonora dos meus personagens secundários LINDOS hahahaha:

 

"Hannah sempre tem um namorado, ás vezes mais que um. Acho que precisa que pessoas a amem e prestem atenção nela. Parece que os avós não podem mais cuidar dela, e o irmão a trata muito mal"

 

"Algumas pessoas na festa estavam de personagens de Detetive - Dona Branca, Professor Black e Coronel Mostarda. Achei as mais legais."

 

"O universo é maior do que qualquer coisa que cabe na sua cabeça"

 

"Já assisti a Agora seremos felizes duas vezes hoje. E chorei as duas vezes que você cantou "Have yourself a Merry Little Christmas" com a voz cheia de nostalgia." <3

 

"Meu pai colocou o disco de Natal de Bing Crosby - o que tem "Mele Kalikimaka" <3

 

"Nirvana significa liberdade. Liberdade do sofrimento. Acho que algumas pessoas diriam que a morte é exatamente isso. Então, parabéns por estar livre, acho. O resto de nós ainda está aqui, agarrado aos cacos."

 

"Talvez ao contar histórias, por pior que sejam, não deixemos de pertencer a elas. Elas se tornam nossas. E talvez amadurecer signifique que você não precisa ser mais uma personagem seguindo um roteiro. É saber que você pode ser a autora."