A menina que colecionava borboletas

Borboletas: Sentimentos

 

 

Outro livro, outro sentimento de amor. Conheci a Bruna Vieira na bienal do livro de São Paulo, e para mim, ela foi uma das melhores pessoas que eu conheci, e com certeza a mais fofa. Mas não, eu ainda não tinha lido nenhum livro dela, só a acompanhava pelo Depois do quinze.

Tenho todos os livros dela aqui na minha prateleira, todos aguardando para que eu os leia logo, mas escolhi ler primeiro o das borboletas. O título me chamou a atenção, a capa me chamou a atenção, e o conteúdo me chamou a atenção.

Logo no começo do livro, já senti que era um livro de desabafos da própria Bruna. Parecia que eu estava lendo um diário, sério. Livro fácil, e muito, mas muito gostoso de se ler !

Amei o jeito em que a Bruna abriu totalmente o coração. Ela é destemida, ela fala o que pensa, ela desabafa MESMO. Li esse livro em casa, no ônibus, nos intervalos do trabalho, não consegui parar de ler até acabar.

Estou completamente apaixonada pelas ilustrações e frases que o livro contém. É uma mais linda que a outra, não tenho palavras pra descrever o quanto eu me identifiquei com todas elas.

Parabéns Bruna e toda a galera da Gutenberg, porque eu nunca tinha lido um livro tão lindo e tão cheio de sentimentos. Me senti próxima a Bruna, igual o dia da bienal em que eu abracei ela. Foi como se nós estivéssemos abraçadas o livro todo, e eu, falando, para ela: "Calma, vai ficar tudo bem".

 

 

"E quando quero escrever, preciso daquele sentimento de sujeira ao meu redor. Bagunça. Aquela necessidade de colocar as coisas em ordem, primeiro usando palavras."

"Comida e bunda grande não é problema, gente. É solução."

"Conheça o mundo (...) Não guarde rancor (...) Seja amável."

"Quando você tira uma parte da trança, ela se torna mais feia, mais frágil, mais boba. É importante que os fios estejam bem organizados e divididos. Assim como os nossos sentimentos."

"(...) Se eu quisesse continuar riscando os itens da minha lista de sonhos, buscando estrelas, eu teria que me adaptar logo."

"Eu tenho uma estante na sala cheia de livros que ainda não li, mas sempre que vou à livraria não resisto, compro mais três. Acho que é porque eu gosto de saber que existem novos títulos ali, me esperando, para quando eu estiver pronta para cada um deles. Porque eles me entendem e esperam. Porque eles não vão fugir."


 

 

"Todo mundo sente. Então, todo mundo é meio escritor. É uma questão de coragem."