A lista negra

Eu já falei mil vezes que o objetivo do blog não é ficar fazendo resenha de livros (com exceção da Agatha Christie). Mas existem alguns livros que eu realmente acho um desperdício não serem comentados aqui. Livros que mudaram a minha vida, e que poderiam servir de inspiração para muita gente.



Sinopse: E se você desejasse a morte de uma pessoa e isso acontecesse? E se o assassino fosse alguém que você ama? O namorado de Valerie Leftman, Nick Levil, abriu fogo contra vários alunos na cantina da escola em que estudavam. Atingida ao tentar detê-lo, Valerie também acaba salvando a vida de uma colega que a maltratava, mas é responsabilizada pela tragédia por causa da lista que ajudou a criar. A lista com o nome dos estudantes que praticavam bullying contra os dois. A lista que ele usou para escolher seus alvos. Agora, depois de passar o verão reclusa, se recuperando do ferimento e do trauma, Val é forçada a enfrentar uma dura realidade ao voltar para a escola para terminar o Ensino Médio. Assombrada pela lembrança do namorado, que ainda ama, passando por problemas de relacionamento com a família, com os ex-amigos e a garota a quem salvou, Val deve enfrentar seus fantasmas e encontrar seu papel nessa história em que todos são, ao mesmo tempo, responsáveis e vítimas. A lista negra, de Jennifer Brown, é um romance instigante, ; leitura obrigatória, profunda e comovente.

 
Não sei explicar por qual motivo realmente o livro me tocou, mas acho que foi pela história e por todas as coisas que Val teve que enfrentar. Confesso que no começo achei chato, demorei muito muito tempo para terminar de ler esse livro. Mas chega em uma parte em que você simplesmente se envolve e não consegue parar de ler. Nunca vi ninguém falando mal do livro e dizendo que não gostou.


Gostaria de citar e comentar algumas partes do livro, sem grandes spoilers, é claro:



- "Stacey, que estava imediatamente à minha frente na fila, pegou sua bandeja e se mandou, correndo para uma mesa. Pude ver com o canto dos olhos ela dizer algo para Duce, Mason e o resto do pessoal. Seus rostos se voltaram para mim. Duce estava rindo."


Ou seja, é horrível o modo como os amigos da Val a abandonam. Horrível. Eles a culpam e não dão o devido apoio a ela.


- "Não é por minha causa - disse eu - Não é minha culpa que você e mamãe se odeiam. É sua culpa."


Uma das coisas mais tristes do livro é que Val se sente culpada por tudo o que aconteceu. E o mais triste ainda, é que todos a acham culpada, inclusive sua família. O pai dela é um dos personagens mais horríveis da história dos livros.


- "Um é meu número favorito - sorriu Bea - Em inglês, a palavra "um" tem o mesmo som do passado de "vencer" e podemos todos dizer no final do dia que vencemos de novo, não podemos ? Em alguns dias, chegar ao fim do dia é uma grande vitória. (...) Como sempre há tempo para a dor, também sempre há tempo para a cura. É claro que há."


Eu espero que todo mundo conheça uma "Bea" na vida <3.


- "Se você continuar a perder peso, sua mãe vai perguntar sobre anorexia de novo."


Todos começam a julgar Val como doente mental, e isso é assustador para ela. As pessoas julgam, tantos nos livros como na vida real, as atitudes das pessoas sem ao menos conhecer a pessoa de verdade.


- "(...) As vezes esqueço que você também foi uma heroína aquele dia. Tudo o que eu vejo é a garota que fez uma lista das pessoas que ela queria que morressem."


E por fim, quero indicar uma das resenhas em vídeo mais lindas que existem sobre o livro: a da Pam do Garota It.


 
 
-Isa

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