Primeiro: Bruno

Esse aconteceu em meados de janeiro, em um ano que me recuso sequer a lembrar. Bruno foi meu inicio de ano, meu carnaval, a quermese, e até mais importante que a data do meu aniversário. Foi quem possuiu o controle de meus sonhos, pesadelos e desejos. Foi a luz das minhas noites, o brilho dos meus dias, a brisa de um dia quente. Bruno era todas as estações do ano, isso se ele não fosse meu ano inteiro, e acho que no final das contas acabou sendo. Bruno era intenso, possuia uma presença que só ele tinha, tudo ao seu redor era feliz, (mas eu não era feliz, era eufórica) e tudo fora de seu alcance era triste (e eu não era nada sem vê-lo).
O sol descrevia o que eu via quando ele sorria, a claridade solar era pouca, se comparada ao que eu enxergava quando ele abria aquela maldita boca, e o calor suave e conchegante do sol eram suas risadas longas - então passei a amar o calor.
Quando Bruno falava, cada palavra que dizia soava como uma melodia doce, e até como uma canção de ninar se eu fechasse os olhos. Sua voz era meu calmante, a cura de minhas doenças, minha música favorita. Ouví-la me causava arrepios, calor, desejo, mas o problema era que quando falava, ele falava de Laura.
Bruno por sua vez possuia um amor, e o nome dele era Laura. E não existia nada que o fizesse olhar para outra pessoa.

Então agora, Maria que amava tanto o calor, vivia no frio. Sozinha.

Continua....




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