#MLI2015: Mentirosos



Eu pensei, pensei, pensei e pensei antes de fazer essa resenha. Não é uma resenha simples, pois a única coisa que eu sei dizer sobre esse livro é: MEEEEEEEEEEEEEEEEEU DEEEEEEEEEEUS.

O livro conta a história da família Sinclair, uma família típica americana onde tudo tem que ser perfeito. Todo ano, o avô, suas três filhas e seus netos passam o verão em uma ilha particular, onde cada um têm sua mansão e suas riquezas. A história gira em torno da Cadence, a neta primogênita e principal herdeira. E junto com seus amigos de infância: Johnny, Mirren e Gat, eles formam o grupo dos Mentirosos. Em um determinado verão, o chamado verão dos quinze, Cadence sofre um acidente completamente estranho. Ela não se lembra de nada. Sofre de amnésia, dores de cabeça, depressão e só depois de um ano afastada, ela recebe a permissão de voltar até a ilha e tentar descobrir o que aconteceu, mas com a seguinte regra: NINGUÉM da família pode contar a ela o que realmente aconteceu.

O livro e a escrita são completamente diferentes do que eu já li. A escrita principalmente, é cheia de metáforas, de palavras e de frases inesquecíveis e diferentes. Tudo leva a crer que é um romance. Você logo se pega em uma situação de romance, onde o casal não dá certo, onde tudo parece não funcionar e etc. Vi muita gente criticando o começo desse livro, pois era aquela mesma história de sempre e nada acontecia.

Mas a partir do momento em que a personagem começa a descobrir alguns fatos do verão dos quinze com a ajuda dos Mentirosos, a história muda completamente. Logo você se envolve em uma história completa de mistérios, onde você não sabe nem em quem confiar na família. Aliás, a família toda começa a se desentender; a briga pela herança se torna mais forte e Cadence luta para encaixar tudo isso e entender tudo o que aconteceu.

O que me deixou extremamente intrigada foi o fato de ninguém poder contar nada para ela. Que agonia! O que teria acontecido, que TODOS foram proibidos de contar para ela? Logo, teorias começam a aparecer.

A narrativa contém metáforas em forma de histórias criadas pela Cadence. E a maioria delas, ou descreve um momento da personagem, ou contém alguma pista.


Tenho 90% de certeza que todos os leitores suspeitam durante o livro todo da mesma pessoa, de um dos Mentirosos e o que ele pode ter feito com a Cadence. É extremamente nervoso, dá agonia e o livro te prende até você chegar no último capítulo onde é contada a verdade. E ai meus amigos, a casa cai.

Eu não me lembro de ficar TÃO surpresa, assustada, triste, com raiva, e de chorar tanto com uma revelação dessas a muito tempo. É de se jogar o livro na parede, de verdade. Vi relatos de gente que leu esse último capítulo em sala de aula ou no ônibus, e juro, não sei se vocês conseguiram se conter hahahahaha.

Eu parei naquela página e não conseguia mais continuar porque aquilo não podia ser verdade. Tipo, como?? Quando terminei o livro (ainda em choque durante uns dois dias), eu percebi o quanto eu fui trouxa e o quanto a autora deu dicas que simplesmente passam despercebidas para todo mundo.

É um livro genial, e a única coisa que eu me arrependo é de não ter lido ele antes. Provavelmente foi o meu livro preferido de 2015 (e nós ainda estamos em julho), e com certeza, um dos melhores da minha vida. E com razão, já que depois de ler, fui procurar resenhas, teorias, loucuras de alguém ter tacado fogo no livro, e ele é simplesmente considerado uns dos melhores livros de todos.

"Mirren. Ela é açúcar. Ela é curiosidade e chuva.
Johnny. Ele é estalo. Ele é iniciativa e sarcasmo.
Gat. Ele é contemplação e entusiasmo. Ambição e café forte."

"Se você quiser viver em um lugar onde as pessoas não tenham medo de ratos, deve abrir mão de viver em palácios."

"Vou provar que sou forte, já que eles me acham doente.
Vou provar que sou corajosa, já que eles me acham fraca."







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